Não se conserta o que já nasce com defeito.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Ele era espontâneo, perfeccionista e inteligente. Gostava de Chico Buarque e Gonzaguinha, não tinha um gosto musical tão diferente do meu, mas não era muito parecido. Gostava particularmente da sua boca, embora todos preferissem seus olhos. Olhos verdes ou azuis, não sei ao certo, mas ele também não sabia. Acho que eram azuis, e que ganhavam um cinza num fim de tarde entediante de quarta-feira. Não sei se ele tinha uma cor favorita, mas a minha era das suas roupas azuis, mas só porque ele ficava lindo de azul. Mas também ficava lindo com uma camiseta básica branca, ou um casaco qualquer. Sempre quis ver o mar com ele, queria ver como seus olhos ficam quando se mistura o azul do mar com o azul dos olhos dele. Não me importo com todo o resto, ele tem alma. E é isso que faz com que eu sinta falta dele num sábado a noite, ou num domingo a noite. Ele me faz lindas poesias, mas nunca me falou uma. Só sei disso porque sinto o quanto ele me ama em segredo, sinto seu olhar, sinto seu toque e sinto a conexão que criamos. Talvez, agora, ele esteja dormindo, talvez esteja sonhando, talvez seja comigo. Talvez esteja acordado, pensando em mim. Porque eu sei que ele me ama. E eu? Eu guardo segredo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário