Não se conserta o que já nasce com defeito.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Meu sentimento oscilava entre êxtase e felicidade plena, meu coração estava acelerado. Mas o medo me corroía, o medo estava dentro de mim e me fazia tremer. Eu sabia que era errado, eu sabia que não podia, mas a adrenalina me fazia querer flutuar. Ele ia ser meu, independente de tudo. Não era certo, mas eu não me importo se tudo der errado. Eu estava tremendo, mas estava com um sorriso no rosto. Me privar não faz parte dos meus planos, e eu consigo tudo que eu quero. É só uma questão de tempo.
Sentir ciúme do que não é meu dói, não é bonito, mas eu não consigo evitar.

segunda-feira, 16 de julho de 2012


Eu te liguei uma, duas, três, e acho que até quatro vezes, e todas elas você não me atendeu. Não sei se porque não quis, porque não viu, até prefiro ficar sem saber. Deixei meu orgulho de lado, fingi que estava tudo bem entre a gente, preferi esquecer nossa ultima briga, e você nem viu minhas ligações. Mas agora eu prefiro te deixar assim, de lado. Fingir que você nem existe, te manter longe de mim. Mentir pra mim mesma, agora, vai ser a melhor das alternativas.
Sabe, semana passada eu sentia sua falta, acho que agora eu nem ligo se você está aqui, ou se você nunca vai estar.
Desisti de ofuscar meu brilho pra você brilhar, desisti de diminuir a pessoa que eu sou pra querer crescer junto de você. Desisti. Simplesmente e completamente isso.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

RECAPITULANDO

Parte I

Parte X

Quando eu acordei ele estava ao meu lado, acho que era a primeira vez que eu o tinha visto a luz do dia. Seus cabelos negros brilhavam, e, agora, havia um brilho em seus olhos. Ele sorria.
- Bom dia! - Ele me disse ainda mais sorridente.
Eu estava atordoada, noite passada tínhamos nos despedido e achei que ele tinha ficado magoado com algo. Olhei pra ele meio indiferente, ele continuava sorrindo.
- Achei que tinha ido embora.
- Por que? Eu deveria ter ido?
- Achei que tivesse ficado com raiva depois da nossa pequena discussão e de você ter jogado na minha cara que eu era infantil.
- Acho que você teve um pesadelo, minha linda. Eu nunca disse isso a você, eu te trouxe em casa, nos despedimos e você entrou. Não houve discussão, nem conversas desse tipo. Você ta bem?
- Não, eu tenho certeza que discutimos ontem. Não foi sonho, eu lembro perfeitamente de tudo!
- Calma Sally, você deve ter sonhado. Acredite.
Eu estava mais atordoada ainda, eu não tinha sonhado, eu tinha certeza.
- Mas você disse que ia embora, e que me amava. Eu lembro Johnny, não estou ficando maluca.
- HAHAHAHA, eu disse que te amava? Como assim? A gente se conhece a quanto tempo mesmo?
- Ok, deixa pra lá. Mas não foi sonho, eu sei.
Ele sorria, o tempo inteiro. Estava de bom humor por algum motivo. Talvez a minha desgraça fosse o motivo  do bom humor dele. Ele gostava de me vez confusa, atordoada e indefesa. Eu não tinha armas contra ele.
- Tenho que ir Sally, minha vida me aguarda. Fazer parte da sua me cansa um pouco. Até mais tarde.
- Hm.
- Se cuida, minha linda.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

E aqui estamos nós de novo, um olhando para o outro. Esperamos ouvir verdades, mas sabemos que se começarmos a fala-las elas vão doer, doer mais que o normal, ninguém aguenta ouvir verdades nessas horas. Decidimos agir como adulto, e cá estamos, sendo adultos.
O sofá branco, com almofadas cor pastel, está vazio. Sentamos no chão, onde conseguimos encostar nossos joelhos e ficarmos mais próximos, mesmo que seja só fisicamente. Ele disse que preferia começar, mas não sabe nem o que falar. Eu preferia começar, mas eu não queria falar tudo que ele não iria aguentar ouvir. Ficamos assim por alguns minutos, diria que chegaram a ser uns 20 ou 25, mas que pareceram horas.
Meus olhos estavam cheios de lágrimas, e parecia que não havia rua lá fora. Que eramos só nós dois. As cortinas cor pastel tampavam a luminosidade que entrava pela janela, o chão de madeira, as flores no canto.
Eu queria começar a pensar em tudo, antes dele começar a falar, mas não conseguia nem pensar. Me sentia mal por mim, e ao mesmo tempo mal por ele. Sabia que ele estava mal também.
Quantas vezes temos que diminuir nossos sentimentos para conseguir entender os outros, mas isso ele não entendia.
Eu me diminuí, algumas vezes, para deixá-lo crescer.
Ah, sim... A conversa de adultos. Não houve conversa. Ficamos assim por algum tempo, depois desistimos e ele foi embora. Eu fui embora. Nós fomos e nunca mais voltamos.

Parte IX

Na volta ele mantinha o silêncio, eu até pensei em iniciar algum assunto, mas confesso que estava com um pouco de raiva. Ele havia insistido pra me trazer em casa e agora que estava aqui ele, simplesmente, nem me olhava. A rua estava vazia, já era tarde, e ventava muito. Eu podia até ver a fumaça saindo de nossas bocas enquanto respirávamos. Um gato passou por nós, tinha um olhar assustado, e correu para o outro lado da rua.
Acendi outro cigarro, agora era o ultimo da carteira, ele me olhou e, quebrando o silencio pesado, disse:
- Esse é o seu problema.
- O meu problema? O que?
- Não se importar com os outros, achar que todos tem que sempre te agradar. E se alguém contrariar o que você quer, você e a sua infantilidade ficam com raiva.
- O que? Você insiste em vir comigo e me trata assim? Quer saber? Os melhores dias da minha vida foram os que eu passei longe de você, você aparece do nada, some do nada, aparece de novo e acha que pode me xingar.
- É, é de fato uma pena eu ter aparecido na sua vida, uma pena maior ainda eu te amar, já que sua vida estava tão melhor sem mim.
- Deixe de ser infantil.
- Chegou sua casa, tchau.
O QUE? ELE DISSE QUE ME AMA! Eu poderia sair correndo e me jogar nos braços deles, dizer a ele que eu o amo também, dizer que os dias sem ele foram chatos e sem graça, que agora eu precisava dele perto de mim.
Ele virou as costas e saiu andando.
- Espera!
- Oi Sally, tem algo a me dizer?
- Desculpa pela minha infantilidade.
- Só isso?
- Sim.
- Tchau.
E lá vai ele, escapando entre as minhas mãos como água. Entrei em casa e dormi. Foi a unica coisa que eu consegui e pensei em fazer. Adeus Johnny.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Não preciso te declarar sentimentos já tão escancarados. Não preciso dizer "eu te amo", e nem quero. Mas, acredite, eu pularia na frente dos carros por você. Me jogaria de um viaduto qualquer, tentaria coisas praticamente impossíveis, só por você.