Não se conserta o que já nasce com defeito.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Eu sou.

Eu sou do tipo que treino umas 20 vezes antes de falar algo numa discursão e, quando vou falar, acabo não falando tudo que planejei e jogando tudo que não queria na cara dos outros. Eu me arrependo de não ter feito ou falado algo, e antes de dormir eu fico imaginando tudo que poderia ter acontecido se fosse diferente. Eu acordo de mal humor, trato as pessoas mal e depois me arrependo de tudo, mas não sou boa o suficiente pra pedir desculpas. Eu até pareço legal, mas eu corrijo mentalmente quem fala errado e bato em todos os meus amigos. Meu hobby preferido é fazer os meus amigos passarem vergonha, embora, odeio quando fazem isso comigo. Eu não gosto do meu sorriso e até tento gostar do meu cabelo. Vivo colocando defeitos em mim mesma e não me importo quando me olham estranho. Eu desejo morrer cedo, cedo demais, mas quando penso em quem eu amo eu desisto desse desejo que mora em mim a maior parte do tempo. Eu brigo com as pessoas e mesmo estando certa eu me sinto culpada e penso em pedir desculpas, mas o orgulho e o bom senso não deixam. Eu vivo reclamando que não tenho amigos, e todos os dias eles, que se dizem meus amigos, me mostram que eu realmente estou certa. Não sei se todos tem o mesmo desejo de ser feliz um dia, mas acho que a felicidade de todos acarretaria no fim do mundo. Quando passo por um espelho eu sempre dou um sorriso, somente por mania. Eu até penso nos meus erros, mas nunca penso se eu poderia muda-los. Eu assisto filmes de comédia bem idiota, e chego até a chorar de rir. Eu assisto futebol, e filmes de guerra são meus preferidos. Eu já chorei sem motivos, só porque eu queria chorar. Eu tenho preconceito, não racial e nem sexual, eu tenho preconceito com quem se acha melhor que os outros. Eu desprezo quem joga lixo no chão e quem engana os outros pra ter mais dinheiro do que precisa. Eu não julgo quem rouba pra comer, eles são vítimas de governos que falharam. Eu quero cobrar das pessoas coisas que eu não faço. Eu vejo filmes de romance e choro com a maioria deles. Por 10 segundos eu fecho os olhos e imagino que minha vida podia ser perfeita.
Eu sou assim, metade doce e metade salgada. Não sou perfeita, nem pretendo ser. Não estou em jogo, mas não sou carta fora do baralho. Dá pra entender? Se auto descrever é como descrever o amor, é dificil e por mais que você fale, você nunca vai chegar perto do que você imagina ser.